sábado, 26 de março de 2011

HEROÍNA OU HEROINA? HERÓI OU HEROI? HERÓICO OU HEROICO?

Levando em conta o que ensina o Acordo Ortográfico, aponte a opção que não apresenta nenhum erro com relação à acentuação gráfica:

a) ( ) Guaíba, pôde (pretérito), povoo, alcoólico, feiura, eles vêm, eles veem
b) ( ) Arguo, álcool, enjoo, polo, guaiba, taoísmo, eles têm
c) ( ) Feiúra, pode (pretérito), eles vem, teiú, herói
d) ( ) Heroína, heróico, herói, ele mantém, eles mantêm
e) ( ) Eles mantêm, ele mantem, taoismo, teiu, zoológico

Resposta: A opção "a" é a única que não apresenta erro. Adiante, as palavras escritas corretamente:

b) guaíba, taoismo
c) feiura, pôde (pretérito), eles vêm
d) heroico
e) ele mantém, teiú

Sobre as novas regras da acentuação gráfica, remeto o(a) leitor(a) ao ícone "Acentuação Gráfica: Acordo Ortográfico", na página incial deste blog.

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sábado, 19 de março de 2011

CEBOLA-DE-CHEIRO OU CEBOLA DE CHEIRO? CABEÇA-DE-ALHO OU CABEÇA DE ALHO?

Analise as proposições abaixo:

I - Dona Maria comprou duas cebolas-de-cheiro e duas cabeças-de-alho.
II - Dona Maria comprou duas cebolas de cheiro e duas cabeças de alho.
III - Dona Maria comprou duas cebolas-de-cheiro e duas cabeças de alho.
IV - Dona Maria comprou duas cebolas de cheiro e duas cabeças-de-alho.

Com base no que propõe o novo Acordo Ortográfico e no que prescreve o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, a opção correta é:


a) ( ) As quatro opções podem ser consideradas corretas.
b) ( ) Somente a primeira opção está correta.
c) ( ) Somente a segunda opção está correta.
d) ( ) Somente a terceira opção está correta.
e) ( ) Somente a quarta opção está correta.


RESPOSTA: Diz o art. 3º da Base XV do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: "Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento".

Assim, se a palavra é composta e ao mesmo tempo é uma espécie botânica ou animal, haverá o hífen. É o caso de cheiro-verde, feijão-verde, formiga-branca, etc.

Nos exemplos trazidos na questão acima, creio não haver dúvida quanto à palavra "cebola-de-cheiro" (botânica), o que justifica o hífen.

Já em "cabeça de alho" não há hífen porque não temos uma palavra composta. Para efeito de compreensão, vejamos o seguinte: não existe a espécie botânica "cabeça de alho" e sim "alho", que é vendido popularmente por "dente" (um dente de alho) ou por "cabeça" (uma cabeça de alho). Assim, não há de se falar em espécie botânica chamada de "cabeça de alho" ou "dente de alho", mas somente "alho".

A opção "d" é a única que está correta, porque somente a proposição III está correta.

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domingo, 13 de março de 2011

VER OU VÊ? VER OU VIR?

Analise as seguintes proposições:

I - Quando você vir Cícera, diga-lhe que não a vi hoje porque não vim a tempo.
II - Este é um objeto bom para se vê.
III - Conforme se ver, não se pode afirmar as razões pelas quais não a vi hoje.
IV - Vim ver; vi, contemplei e não gostei.
V - A causa está quase perdida. Vê-se, assim, a necessidade de agirmos.
VI - Se você ver Isabela, peça-lhe para não vir hoje.

Sobre o uso dos verbos ver e vir, qual das alternativas está correta?

a) ( ) Há três alternativas corretas.
b) ( ) Há duas alternativas erradas.
c) ( ) As alternativas I, II e V estão corretas.
d) ( ) Todas as alternativas têm pelo menos um erro.
e) ( ) Há duas alternativas corretas.

RESPOSTA: O correto seria:

I - Quando você vir Cícera, diga-lhe que não a vi hoje porque não vim a tempo.
II - Este é um objeto bom para se ver.
III - Conforme se , não se pode afirmar as razões pelas quais não a vi hoje.
IV - Vim ver; vi, contemplei e não gostei.
V - A causa está quase perdida. Vê-se, assim, a necessidade de agirmos.
VI - Se você vir Isabela, peça-lhe para não vir hoje.

Assim, há três alternativas corretas. A opção "a" é a única correta.

Um método prático para saber se a conjugação do verbo ver fica no infinitivo flexionado ou não flexionado, basta substituí-lo por outro verbo. Analisemos, por exemplo, as proposições II e III.

Na frase "Este é um objeto bom para se ver", substitua ver pelo verbo olhar. O correto seria "Este é um objeto bom para se olha" ou "Este objeto é bom para se olhar"? É óbvio que a segunda alternativa é a que está correta. Perceba que o verbo está no infinitivo não flexionado, ou seja, com o "r" no final.

Agora analisemos a segunda proposição:

A frase é: "Conforme se , não se pode afirmar as razões pelas quais não a vi hoje". Substitua, assim como orientamos acima, o verbo ver pelo verbo perceber e faça a devida conjugação. Qual a alternativa correta?

"Conforme se percebe, não se pode afirmar as razões pelas quais não a vi hoje."

ou

"Conforme se perceber, não se pode afirmar as razões pelas quais não a vi hoje."


  • Note que a primeira proposição é a única que está correta porque o verbo deve ser flexionado, ou seja, sem o "r".

Com relação ao verbo ver (e não vir, como havíamos escrito antes), as conjugações no futuro do subjuntivo são: "Quando (ou se) eu vir, tu vires, ele (ou você) vir, nós virmos, vós virdes, eles (ou vocês) virem".

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terça-feira, 8 de março de 2011

REGÊNCIA

Analise as proposições abaixo.

I - Paulo se divorciou com Maria.
II - O erro consiste das inúmeras tentativas não planejadas.
III - O juiz declinou a competência em relação ao processo.
IV - Débora é cuidadosa para com seus livros e objetos pessoais.
V - Pedro está ávido por uma vitória no concurso.
VI - Sílvia está próxima a ela.
VII - Sílvia está próxima dela.

Sobre o uso regencial, assinale a opção correta:

a) ( ) Todas as frases acima estão corretas.
b) ( ) Todas as frases acima estão erradas.
c) ( ) Há somente duas frases corretas.
d) ( ) Há quatro frases erradas.
e) ( ) As frases II, III e VII são as únicas corretas.

RESPOSTA: O correto seria:

I - Paulo se divorciou de Maria.
II - O erro consiste nas inúmeras tentativas não planejadas.
III - O juiz declinou da competência em relação ao processo.
IV - Débora é cuidadosa com seus livros e objetos pessoais.
V - Pedro está ávido de uma vitória no concurso.
VI - Sílvia está próxima a ela.
VII - Sílvia está próxima dela.

Assim, há somente duas frases corretas (no caso VI e VII), portanto opção "c".

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HEMORRÓIDA, HEMORROIDA, HEMORRÓIDE ou HEMORROIDE?

Aponte, segundo a voz oficial depois do novo Acordo Ortográfico, a única opção correta:

a) ( ) hemorróida e alho de cheiro
b) ( ) hemorroide e alho-de-cheiro
c) ( ) hemorroida e alho de cheiro
d) ( ) hemorróide e alho-de-cheiro
e) ( ) hemorróida e alho-de-cheiro

RESPOSTA: Segundo o Vocabulário Ortográfico, escrevem-se "alho-de-cheiro", "hemorroide" e "hemorroida". A opção "b", portanto, é a única que não contém erro.

Sobre o uso do hífen, vale lembrar que as palavras que designam espécies botânicas e zoológicas são hifenizadas.

Depois da Reforma Ortográfica, palavras paroxítonas cuja sílaba tônica seja formada pelo encontro vocálico "oi" deixarão de receber o acento.

"Hemorroida" e "hemorroide" são variantes, sendo admissível o emprego de ambos os vocábulos.

"VOU À BAHIA" OU "VOU A BAHIA"? "VOU À FORTALEZA" OU "VOU A FORTALEZA"?

Qual a única alternativa que não apresenta erro em relação ao emprego da crase?

a) ( ) Vou a Fortaleza, a Bahia, a Roma e a Curitiba.
b) ( ) Vou à Fortaleza, à Bahia, à Roma e à Curitiba.
c) ( ) Vou a Fortaleza, a Bahia, à Roma e à Curitiba.
d) ( ) Vou a Fortaleza, à Bahia, a Roma e a Curitiba.
e) ( ) Vou à Fortaleza, a Bahia, a Roma e a Curitiba.

RESPOSTA: A opção "d" é a única que não apresenta nenhum erro. Para que ocorra a crase é necessário haver a contração do artigo com a preposição. Esta, por sua vez, aparece quando o verbo é transitivo indireto ou bitransitivo.

No caso em questão, a preposição aparece diante das quatro palavras porque o verbo "ir (=vou) pede a referida preposição.

Já o artigo somente é encontrado à frente da palavra "Bahia", daí o porquê da existência da crase.

Para saber se há a presença do artigo, basta usar o verbo "vir" em vez do verbo "ir" (ou qualquer outro verbo). Deste modo, digo:

* "Venho de Fortaleza, da Bahia, de Roma e de Curitiba."

Observe que somente diante da palavra "Bahia" temos "da", ao passo que diante das demais temos "de". Como sabemos, "de + a = da", ou seja, "preposição + artigo = crase". Logo, onde for possível escrever somente "de" não se usa a crase, como ocorre em "Venho de Curitiba" e não "Venho da Curitiba".

A crase somente seria obrigatória se os substantivos em questão viessem determinados, como nos seguintes exemplos:

* "Vou à Fortaleza dos mares, à Bahia, à Roma dos Césares e à Curitiba bela."

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À VISTA ou A VISTA?

Analise as opções abaixo e aponte a única que não apresenta erro quanto ao emprego da crase.

a) ( ) Não gaste a vista: óculos a prazo e à vista.
b) ( ) Não gaste à vista: óculos à prazo e à vista.
c) ( ) Não gaste a vista: óculos à prazo e a vista.
d) ( ) Não gaste à vista: óculos a prazo e a vista.
e) ( ) Não gaste a vista: óculos a prazo e a vista.

RESPOSTA: Não se usa crase diante de palavras masculinas: "Quadro a óleo" e não "Quadro à óleo", "Escrever a lápis e à caneta" e não "Escrever à lápis e à caneta".

Nas frases acima, o verbo "gastar" é bitransitivo, sendo "vista" (depois do verbo gastar) objeto direto, de modo que não há a necessidade da crase. Sendo a palavra "prazo" masculina, só resta uma alternativa correta, no caso a opção "a".

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MEGA-SENA ou MEGASSENA? TELESSENA ou TELE-SENA?

Analisemos as seguintes proposições:

I - Pelo Acordo, palavras paroxítonas cuja sílaba tônica é formada pelo encontro vocálico "ei" não levam mais acento, como ocorre em "assembleia", "ideia", etc. Pelo mesmo raciocínio, o nome próprio "Andreia" também não terá mais o acento agudo, de modo que todas as Andreias não podem mais assinar com o referido acento.

II - Nas palavras compostas, pelo novo Acordo, sendo o primeiro elemento um prefixo grego ou latino terminado por vogal e o segundo iniciado pela consoante "s", desaparece o hífen, juntam-se os dois elementos e duplica-se a consoante que inicia o segundo elemento. É o caso, por exemplo, de "antissocial", "antessala", etc. Pela regra, as palavras "Mega-Sena" e "Tele-Sena" deverão ser escritas, respectivamente, "Megassena" e "Telessena", obrigatoriamente.

III - Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, escreve-se "dia a dia", sem hífen, e não mais "dia-a-dia". No entanto, a empresa "Dia-a-Dia" decidiu continuar sendo escrita com hífen, fato este que constitui um erro.

Dadas as proposições acima, assinale a alternativa abaixo que está corretamente interpretada:

a) ( ) As três proposições estão corretas.
b) ( ) As três proposições estão erradas.
c) ( ) Somente a primeira proposição está errada.
d) ( ) A terceira proposição é a única correta.
e) ( ) A segunda proposição é a única correta.

RESPOSTA: Pelo Acordo, realmente palavras paroxítonas cuja sílaba tônica é formada pelo encontro vocálico "ei" não levam mais acento, como ocorre em "assembleia", "ideia", etc., assim como nas palavras compostas, pelo novo Acordo, sendo o primeiro elemento um prefixo grego ou latino terminado por vogal e o segundo iniciado pela consoante "s", desaparece o hífen, juntam-se os dois elementos e duplica-se a consoante que inicia o segundo elemento. É o caso, por exemplo, de "antissocial", "antessala", etc.

Podemos assegurar, também, que segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, escreve-se "dia a dia", sem hífen, e não mais "dia-a-dia". A exceção, no entanto, segundo a Base XXI do citado Acordo, ocorre quando, "Para ressalvas de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costumes ou registro legal, adote na assinatura de seu nome. Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público".

Assim, se você foi registrada como "Andréia" (com acento), embora a dita palavra seja paroxítona com a respectiva sílaba tônica no encontro vocálico "ei", não precisa proceder a novo registro, pois o Acordo aceita a permanência do acento em nomes próprios.

Pelo mesmo raciocínio podemos justificar a permanência dos compostos "Mega-Sena" e "Tele-Sena", embora o adequado seja "Megassena" e "Telessena". O mesmo vale para a empresa que assinava, antes do Acordo, "Dia-a-Dia", ainda que o correto seja dia a dia. A opção "b" está correta.

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MEDO DE SER ATACADOS ou MEDO DE SEREM ATACADOS?

Analise as cinco frases abaixo e aponte as duas únicas que não estão de acordo com a norma culta.

a) ( ) As equipes não foram capazes de concluírem a tarefa no tempo esperado.
b) ( ) Eles estão cansados de ver aviões no céu.
c) ( ) Marido e esposa estão dispostos a se reconciliar na audiência.
d) ( ) Os assaltantes não têm medo de ser presos.
e) ( ) João e Maria têm medo de serem atacados pelos bandidos.

RESPOSTA: As duas únicas que não estão de acordo com a norma culta são as alternativas "a" e "c". Usa-se o infinitivo não flexionado, no dizer de Cegalla, "quando o infinitivo forma oração que complementa substantivos e adjetivos", a menos que o infinitivo esteja na voz reflexiva.

Assim, o correto é, por exemplo, "capazes de sair" e não "capazes de saírem", "fartos de correr" e não "fartos de correrem", "dispostos a se reconciliarem" e não "dispostos a se reconciliar, "incapazes de se ajudarem" e não "incapazes de se ajudar".

Com relação às duas últimas alternativas, havendo a voz passiva, ambas as situações são corretas. Observemos que o verbo "ser" está complementando o adjetivo "medo".

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TODOS TRÊS ou TODOS OS TRÊS?

Das frases abaixo há no mínimo três que apresentam erros em relação ao emprego do artigo. Analise uma a uma e justifique o acerto ou erro em cada frase.

a) ( ) Foi o caso do frei Raimundo, que concluiu o ato litúrgico dentro do tempo esperado.
b) ( ) Após a missa, o monsenhor Dedé saiu com a turma para o jantar.
c) ( ) A professora Catarina foi para a casa antes do amanhecer.
d) ( ) Foram presos todos os três.
e) ( ) Todos três bandidos foram presos.

RESPOSTA: Todas as opções contêm no mínimo um erro. Vejamos, então, os referidos erros:

Opções "a" e "b": Não se usa o artigo antes de formas de tratamento, muito menos antes dos títulos honoríficos "dom", "monsenhor" e "frei".

Opção "c": Diante da palavra "casa", com significado de residência, o lar da pessoa que fala ou de quem se fala, não se deve usar o artigo, a menos que o substantivo em questão esteja acompanhado de um adjetivo, como no seguinte exemplo: "A professora Catarina foi para a casa dos pais (=paterna) antes do amanhecer.

Opção "d" e "e": Em situações como nos dois exemplos citados somente é permitida a presença do artigo quando a classe gramatical (numeral, substantivo...) estiver especificada, como na frase da opção "e", que deverá receber o artigo. O erro da opção "e", portanto, consiste na ausência do artigo, que deveria existir, ao contrário da opção "d", que o contém inadequadamente.

As frases corretas são:

a) ( ) Foi o caso de frei Raimundo, que concluiu o ato litúrgico dentro do tempo esperado.
b) ( ) Após a missa, monsenhor Dedé saiu com a turma para o jantar.
c) ( ) A professora Catarina foi para casa antes do amanhecer.
d) ( ) Foram presos todos três.
e) ( ) Todos os três bandidos foram presos.

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TINHA PAGO ou TINHA PAGADO?

Sobre o uso correto do particípio, aponte a única alternativa que contém erro.

a) ( ) Raquel tinha pagado a conta.
b) ( ) Raquel tinha matado uma galinha para o almoço.
c) ( ) Raquel foi isentada da multa.
d) ( ) Raquel tinha ganhado na loteria.
e) ( ) Raquel foi pega de surpresa.

RESPOSTA: A opção "c" é a única que apresenta erro. É fundamental observar, no emprego do particípio, o verbo auxiliar. "Ter" e "haver" permitem o particípio do verbo regular terminado em "ado", como ganhado, pagado, salvado, etc., ao passo que os auxiliares "ser", "estar" e "ficar" exigem, geralmente, o particípio na forma irregular, terminado em "to", "so", "go", "vo", etc., como ganho, pago e salvo.

Desta feita, nada de anormal dizer "José havia acendido a fogueira", assim como afirmar "A fogueira foi acesa por José". Observemos que na primeira construção usamos o auxiliar "haver", ao passo que na segunda "ser (=foi)".

Não há, porém, o particípio "chego", do verbo "chegar". Diz-se, assim, "José tinha chegado cedo" e "José havia chegado cedo".

Observe no teste acima, que a opção "c" foi construída com o verbo "ser", o que exige o particípio mais curto (isenta), o que motivou o erro.

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ERAM UMA VEZ ou ERA UMA VEZ?

Analise as questões abaixo e aponte as duas que não estão de acordo com a norma culta.

a) ( ) Era perto de três horas quando Sônia concluiu a prova.
b) ( ) Eram perto de três horas quando Sônia concluiu a prova.
c) ( ) Era uma vez três moças bonitas que gostava de tocar violão.
d) ( ) Eram uma vez três moças bonitas que gostavam de tocar violão.
e) ( ) Era uma vez três moças bonitas que gostavam de tocar violão.

RESPOSTA: Quando se trata de hora, a conjugação do verbo "ser", que precede a locução "perto de", tanto pode ficar no singular como no plural. Quanto à expressão "era uma vez", usada para se contar história, fica no singular, ainda que seguida de substantivo no plural. Sobre o verbo "gostar", na frase acima, concorda com o substantivo.

Assim, as opções "c" e "d" são as duas únicas que contêm erros, a primeira porque o verbo "gostar" está no singular e a segunda porque o verbo ser (eram) não está devidamente conjugado.

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ÁGUA DE COCO ou ÁGUA-DE-COCO? CAIXA-D'ÁGUA ou CAIXA D'ÁGUA? MÃO DE OBRA ou MÃO-DE-OBRA?

Depois da última reforma gramatical, é correto afirmar que a única opção verdadeira é:

a) ( ) José e João compõem a mão de obra que está envolvida na construção da caixa-d'água do prédio.
b) ( ) Se não fosse a água-de-coco que lhe apareceu repentinamente, José teria bebido o líquido precioso da própria caixa d'água.
c) ( ) João gosta mesmo é de mão-de-obra disposta, destemida. Uma caixa-d'água para ele é "brinquedo".
d) ( ) José até brincou: "Uma água de coco é o suficiente para suprir esta caixa d'água".
e) ( ) João alertou: "Água de coco urgentemente para a mão-de-obra porque a caixa-d'água não é moleza não!".

RESPOSTA: O correto é "mão de obra" (sem hífen), "caixa-d'água" (com hífen, pois havendo o apóstrofo entre elementos compostos haverá o hífen, assim como ocorre em olho-d'água, pai-d'égua, etc.).

Quanto à "água de coco ou água-de-coco", há de se esclarecer o seguinte: a base XV do Acordo Ortográfico afirma que haverá o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas.

Atento à regra, fica óbvio que haveria o hífen em "água-de-coco", por se tratar de uma espécie botânica, tanto que na Nota Explicativa sobre o dito Acordo, a Comissão de Lexicologia e Lexicografia da Academia Brasileira de Letras se posicionou oficialmente recomendando houvesse a hifenização na referida palavra.

Depois de lançada a última edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, a própria ABL lançou um "Encarte de Correções e Aditamentos à 5ª Edição", cuja obra tinha por finalidade corrigir os erros encontrados no VOLP, mas, contrariando a citada Comissão, a Academia não colocou o hífen em "água de coco".

Desta feita, a basear-se pelo posicionamento oficial da ABL através do já mencionado VOLP (embora constitua um erro), não se usa o hífen na citada palavra composta. Assim, a opção "a" é a única verdadeira.

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QUANDO SE ESTÁ FELIZ ou QUANDO VOCÊ ESTÁ FELIZ?

Analise as quatro frases abaixo e em seguida escolha as opções verdadeiras.

I - Quando você está feliz, a vida parece um arco-íris.
II - Quando se está feliz, a vida parece um arco-íris.
III - Antigamente você podia conversar nas calçadas com os vizinhos.
IV - Antigamente se podia conversar nas calçadas com os vizinhos.

Responda:

a) ( ) As opções II e IV não correspondem à norma culta.
b) ( ) As opções I e III estão de acordo com a norma culta.
c) ( ) Somente as opções I e III correspondem à norma culta.
d) ( ) Somente as opções II e IV estão de acordo com a norma culta.
e) ( ) As quatro opções estão de acordo com a norma culta.

RESPOSTA: Segundo Domingos Paschoal Cegalla, autor de A Novíssima Gramática, não se usa, em expressões do tipo e na linguagem culta, o vocábulo popular "você". A resposta correta é, portanto, a opção "d".

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FEIJÃO-VERDE ou FEIJÃO VERDE? BATATA-DOCE ou BATATA DOCE?

Levando em conta o uso do hífen (depois do novo Acordo Ortográfico), aponte a única alternativa errada.

a) Maria fez o almoço com feijão-verde e ainda incluiu batata-doce.
b) José comeu feijão verde e batata doce no almoço.
c) José abriu o bocão: "Gosto de batata doce e de batata-doce".
d) José continuou a expor suas preferências: "Também gosto de feijão verde e de feijão-verde".
e) Há um tipo de feijão, o feijão verde, que não combina com um tipo batata, a batata-doce.

RESPOSTA: A única opção que apresenta erro é a "e". O novo Acordo Ortográfico afirma que "nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou quarquer outro elemento..." haverá a presença do hífen.

Assim, em palavras compostas que se referem a plantas e animais haverá o hífen, como é o caso de feijão-verde e batata-doce. Se a palavra composta não se referir ao tipo botânico (ou melhor, ao tipo do alimento), não haverá o hífen.

Exemplificando: Quando eu digo que comi batata doce (sem hífen), estou afirmando que comi uma batata que era doce, embora não seja da espécie batata-doce.

Da mesma forma, se afirmo que comi feijão-verde, estou dizendo que me alimentei de um tipo específico de feijão, enquando feijão verde (sem hífen) é apenas uma menção à cor do feijão e não à espécie (tipo) de feijão.

O mesmo raciocínio vale para espécies animais. Se afirmo que José foi picado por uma cobra-cega, estou fazendo menção à espécie da cobra e não necessariamente que a cobra era cega.

Quando digo, porém, que José foi picado por uma cobra cega, estou dizendo que ele foi mordido por uma cobra que estava cega, que no caso poderia ser qualquer uma, jararaca, cascavel, etc.

Como se vê, o uso do hífen faz toda a diferença na hora de distinguir palavras compostas que envolvem dois elementos (um associado à botânica ou zoologia e outro à cor, sabor, estado físico...).

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ANDREIA ou ANDRÉIA? BANCO PANAMERICANO OU BANCO PAN-AMERICANO?

Levando em conta a primeira letra da palavra "banco", diga, em cada frase, se há erro ou acerto em relação ao emprego da inicial (se maiúscula ou minúscula).

a) O Banco do Brasil é um banco com mais de duzentos anos de existência.
b) O banco PanAmericano* pertence a Sílvio Santos.
c) O Banco Bradesco fez uma famosa parceria com as Casas Bahia, em 2004.

* Embora seja oficialmente escrita assim, pelo novo Acordo o correto seria Pan-Americano. A Base XXI do Acordo abriu uma ressalva para a assinatura de nomes próprios e a grafia de firmas comerciais, as quais podem continuar como eram assinaladas antes da convenção.

Assim, é aceito manter a escrita PanAmericano como é lícito colocar acento agudo, por exemplo, em Andréia, mesmo sabendo que em palavras paroxítonas não se acentua mais o grupo vocálico ei.

RESPOSTA: Para que a letra "b" de "banco" seja maiúscula, a frase deve ser iniciada com a referida palavra ou quando esta fizer parte do registro oficial da empresa/sociedade de economia mista, como acontece em "Banco do Brasil".

Em "PanAmericano", por exemplo, a palavra "banco" (que o antecede) não deverá ter a inicial maiúscula pois o registro é somente "PanAmericano" e não "Banco PanAmericano".

O mesmo vale para os demais bancos. Não confundir, aqui, com a regra que afirma que nomes de instituições devem ter a inicial maiúscula, pois, no caso de "PanAmericano", embora seja uma instituição bancária, a palavra "banco" não integra o nome da instituição. Assim, a última opção é a que apresenta erro, pois o correto seria "O banco Bradesco fez uma famosa parceria com as Casas Bahia, em 2004".

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INTEIROU-SE DO ou INTEIROU-SE SOBRE? PECULIAR DE ou PECULIAR A? ESSENCIAL A ou ESSENCIAL PARA?

Analise as frases abaixo e em seguida responda ao questionário.

1 - Ele inteirou-se sobre o caso.
2 - Este achado é essencial ao desfecho do caso.
3 - Tal costume é peculiar dela.
4 - Ele é leal a ela.

Com base nas frases acima, marque as duas alternativas corretas:

a) ( ) A frase 1 está errada, pois se diz inteirar-se do caso.
b) ( ) A frase 2 está correta.
c) ( ) A frase 3 está errada, pois se diz peculiar a ela.
d) ( ) A frase 4 está errada, pois se diz leal para com ela.

RESPOSTA: O correto é: "inteirou-se do caso", "essencial para o desfecho", "peculiar a ela" e "leal a ela". Quanto à regência da frase 4, é correto também dizer "leal com ela" e "leal para com ela." Logo, as opções corretas são "a" e "c".

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"A GRANA HAVIDA" OU "A GRANA HAVIDO"?

Das frases abaixo, qual a única que está corretamente escrita, levando em conta o emprego dos verbos haver e estimar.

a) ( ) João transmitiu a nua-propriedade havida do imóvel pelo valor estimado.
b) ( ) João transmitiu a nua-propriedade havido do imóvel pelo valor estimado.
c) ( ) João transmitiu a nua-propriedade havida do imóvel pelo valor estimada.
d) ( ) João transmitiu a nua-propriedade havido do imóvel pelo valor estimada.

RESPOSTA: O verbo "haver", quando empregado no sentido de "obter", é empregado pessoalmente, ou seja, é flexionado (singular/plural e masculino/feminino). Assim, é correto escrever "Os bens havidos no casamento", "As fortunas havidas com os jogos de azar", etc.

Em relação à dúvida sobre o emprego do adjunto adnominal "estimado/estimada", a palavra em questão concorda com "valor", que está no masculino singular. Se em vez de "pelo valor" houvesse "pelas quantias", teríamos pelas "quantias estimadas".

Quanto ao uso do hífen em "nua-propriedade", por se tratar de um substantivo composto (adjetivo + substantivo), entendemos ser obrigatória a presença do mesmo (hífen).

Se interpretei corretamente, "nua-propriedade" trata-se, na frase trazida, de um termo jurídico, o que justifica classificá-lo como um substantivo composto, daí o hífen. É possível usar, também, a expressão "nua propriedade" (sem hífen) com sentido diverso do instituto jurídico, como na frase adiante: "João encontrou a nua propriedade e totalmente entregue à sorte".

Nesta frase, a expressão "nua propriedade" (que melhor deveria ser "propriedade nua") significa que a propriedade estava vazia, completamente vazia. Assim, voltando à frase, se o termo em questão faz menção ao instituto jurídico ligado ao despojo do gozo do bem, use hífen, bem como se "havido/havida" está empregado no sentido de "obter", deve ocorrer a flexão.

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RUY BARBOSA ou RUI BARBOSA?

Com relação à escrita dos antropônimos, qual a única alternativa errada?

a) ( ) Ruy Barbosa foi um grande jurista brasileiro.
b) ( ) Rui Barbosa foi um grande jurista brasileiro.
c) ( ) Frederico Nietzsche ainda é visto como um dos maiores filósofos de todos os tempos.
d) ( ) Friedrich Nietzsche ainda é visto como um dos maiores filósofos de todos os tempos.
e) ( ) As alternativas "a" e "c"estão erradas.

RESPOSTA: A única alternativa errada é a opção "e". Tratando-se de antropônimos, o prenome pode ser aportuguesa, enquanto o sobrenome não. No caso, as quatro primeiras opções estão corretas. A última alternativa está errada, portanto, pelo fato de ter afirmado que as opções "a" e "c" estavam erradas, quando não estão.

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O PLURAL DE ÁLCOOL E MÁ-CRIAÇÃO

Analise as seguintes proposições e aponte a(s) verdadeira(s):

I - O plural de álcool é somente álcoois.
II - O plural de álcool é somente alcoóis.
III - O plural de álcool pode ser álcoois ou alcoóis.
IV - O plural de má-criação é somente má-criações.
V - O plural de má-criação é somente más-criações.
VI - O plural de má-criação pode ser má-criações ou más-criações.


RESPOSTA: As opções III e VI são as únicas verdadeiras.

Inicialmente a Academia Brasileira de Letras, através do Vocabulário Ortográfico, havia dito que o plural de álcool era alcoóis, ao passo que o de má-criação, más-criações.

Num encarte de correções e aditamentos, a própria ABL acentuou que o plural correto de ambos os substantivos são, respectivamente, álcoois/alcoóis e más-criações/má-criações.

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E-MAIL ou EMAIL? ON-LINE ou ONLINE?

Leia as frases abaixo.

I - Sônia percebeu que havia somente um amigo online.
II - Sônia percebeu que havia somente um amigo on-line.
III - Sônia percebeu que havia somente um amigo online.
IV - Sônia percebeu que havia somente um amigo on-line.
V - Sônia recebeu um e-mail ontem.
VI- Sônia recebeu um email ontem.
VII - Sônia recebeu um e-mail ontem.
VIII - Sônia recebeu um email ontem.

Sobre o uso das palavras estrangeiras empregadas nas frases acima, podemos afirmar que:

a) ( ) Somente as frases em que as palavras estrangeiras estão em itálico e com hífen estão corretas.
b) ( ) As palavras estrangeiras devem ter o hífen, mas o uso do itálico não é obrigatório.
c) ( ) Todas as frases estão corretas.
d) ( ) Tendo em vista que tais palavras já foram aportuguesadas, as corretas são aquelas em que não há o itálico nem o hífen.
e) ( ) Estão corretas somente as frases em que há o itálico, independentemente do hífen.

RESPOSTA: A última versão do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, obra produzida pela Academia Brasileira de Letras, voz oficial em matéria ortográfica do país, afirma que em ambas as palavras há a presença do hífen, sem exceção.

Consultando a versão inglesa da enciclopédia virtual Wikipédia, vemos que lá - na Inglaterra -, é aceitável tanto on-line como online, diferentemente de e-mail, que tanto no Brasil como na Inglaterra é obrigatório o uso do hífen.

É cada vez mais frequente no Brasil o uso sem o hífen, principalmente em online (on-line), o que não autoriza, ainda, o uso sem o hífen. O mesmo fenômeno aparece, às vezes, em palavras como blogue e saite, uma clara tentativa de aportuguesamento de tais estrangeirismos.

Visto que os anglicismos aqui tratados não foram ainda aportuguesados, melhor é, portanto, usar o hífen em on-line e em e-mail. Quanto ao itálico, por se tratar de um estrangeirismo (no caso um anglicismo), é obrigatório destacar tais palavras, seja pelo uso de aspas, seja pelo itálico. Melhor, no caso em questão, usar o itálico. A resposta correta é, portanto, a opção "a".

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CONSTRUÍA ou CONSTRUIA?

Recentemente entraram em vigor as novas regras gramaticais decorrentes do Acordo Ortográfico. Embora as principais mudanças tenham sido em relação ao uso do hífen, a acentuação de alguns vocábulos foi alterada. Aponte, abaixo, a única alternativa que contém pelo menos um erro de acentuação gráfica, cuja regra pode ou não ter relação com o novo Acordo.

a) ( ) historia e medico
b) ( ) influi e influí
c) ( ) construia e construí
d) ( ) cai e instruí-lo

RESPOSTA: A única alternativa que apresenta pelo menos um erro é a opção "c".

Escreve-se construía, com acento. Não confundir história com historia (ele historia, do verbo historiar) e médico com medico (eu medico, do verbo medicar). Nem influi (ele influi) com influí (eu influí). Também não devemos confundir cai (ele cai) com caí (eu caí).

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BEIJO-DE-JUDAS ou BEIJOS DE JUDAS?

Analise as quatro alternativas abaixo e aponte qual delas está errada, levando em conta o uso do hífen e da inicial maiúscula e minúscula.

a) ( ) beijo de judas
b) ( ) beijo-de-Judas
c) ( ) beijo de Judas
d) ( ) beijo-de-judas

RESPOSTA: Opção "a". O "j" é escrito na forma minúscula. Também não há hífen. Iniciando-se uma frase, o "b" deve ser maiúsculo (o "j" continuaria minúsculo, mesmo em tal situação).

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RENTE COM, RENTE À, RENTE DA?

Analise as três frases abaixo:

I - O carro passou rente com a parede.
II - O carro passou rente à parede.
III - O carro passou rente da parede.

Podemos afirmar que:

a) ( ) Somente a frase I está correta.
b) ( ) Somente a frase II está correta.
c) ( ) Somente a frase III está correta.
d) ( ) Há duas frases corretas e uma errada.
e) () Todas estão corretas.

RESPOSTA: Opção "e", todas estão corretas.

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"POSSÍVEL" OU "POSSÍVEIS"

Analise as frases abaixo:

1. São paisagens o mais possível belas.

2. São paisagens o mais belas possível.

3. São paisagens as mais belas possíveis.


Pode-se afirmar que:


a) ( ) Todas estão corretas;

b) ( ) Somente a terceira está correta;

c) ( ) Somente a terceira está errada;

d) ( ) Somente a segunda está errada;

e) ( ) Todas estão erradas.


RESPOSTA: Opção "a". O adjetivo possível concorda com a expressão o mais. Assim, se esta expressão estiver pluralizada (como no terceiro exemplo), o adjetivo possível irá para o plural. Caso contrário, permanecerá no singular. Deste modo, são erradas concordâncias do tipo "Paisagens as mais belas possível". Não havendo a expressão o mais, a concordância de processa normalmente: "Sob todos os pontos de vista possíveis".

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ERA PERTO DE ou ERAM PERTO DE?

Analise as frases abaixo e diga qual a única que apresenta erro de concordância ou de regência.

a) ( ) Era perto de cinco horas quando Raimundo saiu.

b) ( ) Eram perto de três horas quando as portas do teatro foram abertas.

c) ( ) Entrei e saí do apartamento da mesma forma como havia feito outrora.

d) ( ) Os sapatos estavam encostados à parede do apartamento.

RESPOSTA: Opção "c". Em se tratando de designação de horas, e havendo a locução perto de, é lícito o verbo ser estar no singular ou plural. A regência de encostar é a e não em. Quanto à opção "c", a regência de entrar é em e de sair é de. Logo, o correto seria Entrei no apartamento e saí dele da mesma forma como havia feito outrora.

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CONJUGAÇÃO VERBAL

Analise as seguintes frases:

I - Cantar, dançar e representar faz bem a saúde.
II - Rir, brincar e dançar fazem bem para o ser humano.
III - Os dois viram que a tarde e a noite estavam propícias para o diálogo.

PERGUNTA: Qual ou quais das opções abaixo corresponde(m) à resposta verdadeira?

a) ( ) As opções I e II estão corretas;
b) ( ) As três opções estão corretas;
c) ( ) Somente a primeira opção está errada.
d) ( ) Somente a opção II está errada.
e) ( ) A terceira opção está errada, pois deveria haver crase.

RESPOSTA: Opções "a" e "b". Quando o núcleo do sujeito for composto por dois ou mais verbos infinitivos, sem que estejam antecedidos por artigos, a concordância dar-se-á no singular ou plural. Logo, as duas primeiras estão corretas. Quanto à última frase, "a tarde" e "a noite" funcionam como sujeitos da segunda oração e não são locução adverbiais.

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ÀS FLS. ou AS FLS? FLS 15/18 ou FLS 15-18?

Levando em consideração a norma culta, identifique o maior número de erros que há em cada frase abaixo:

a) Espero encontrar a resposta que busco nas pags. 25-27.

b) Há, na fol. 12, 3 dos elementos constantes às fs. 3/12.

c) Ao analisar todo processo de execução fiscal, vi que na f. 15/v há o cálculo detalhado.

d) Consta, nos autos, a descrição de todo o rito processual citado à fls. 18.

RESPOSTA:

1ª FRASE: Faltou o acento agudo em págs. As abreviaturas levam acento, caso o nome correspondente seja acentuado.

2ª FRASE: O primeiro erro é com relação ao uso da barra. No caso em questão, usa-se (-), ou seja fs. 3-12. O segundo erro está na regência de constante, que seria de e não a. O correto, portanto, é: constantes das fs. 3-12. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa aceita a abreviatura fol. para folha. Tratando-se da regência nominal de constante, deve-se usar a preposição em.

3ª FRASE: Deve-se escrever todo o processo, porque se trata de ler os autos por inteiro (da primeira à última folha). O segundo erro diz respeito a não utilização da barra para separar a página do verso da página. Deve ser empregado o travessão ou a abreviatura de verso junto do numeral anterior ou ainda com espaço. Só não utilize a barra. O terceiro erro trata da abreviatura de verso, que deve ter o ponto final. Assim, leiamos toda a frase escrita corretamente: Ao analisar todo o processo de execução fiscal, vi que na f. 15-v. há o cálculo detalhado. Observação: São corretas ainda as proposições f. 15v. e f. 15 v.

4ª FRASE: Há dois erros. O primeiro diz respeito à regência do verbo constar, que requer a preposição de: Consta, dos autos (e não consta, nos autos). O segundo erro aponta para a crase existente antes de fls. Estando o substantivo no plural, e a preposição no singular, não se usa a crase. Há, também, a possibilidade do não uso da vírgula depois de consta, porquanto o uso da mesma é, em certos casos, facultativo, cujo emprego deve se ater ao fôlego que pretende transmitir o orador.

Deste modo, somados juntos, há oito erros.

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ANO 2011 ou ANO DE 2011?

Analise as três frases a seguir:

I - A próxima copa do mundo será em 2014.

II - Os próximos jogos mundiais serão no ano 2014.

III - O ano de 2014 será repleto de jogos internacionais.

PERGUNTA: Quantos erros gramaticais, somados juntos, podemos identificar nas três frases acima?

a) ( ) zero b) ( ) um c) ( ) dois d) ( ) três e) ( ) quatro

RESPOSTA: Sobre a frase A próxima copa do mundo será em 2014., temos 1 erro. Deve-se escrever Copa do Mundo, com as iniciais maiúsculas. Sobre a frase Os próximos jogos mundiais serão no ano 2014., não há erros. Deve-se escrever Jogos Mundiais (com iniciais maiúsculas) quando se fizer menção à modalidade esportiva em questão. Como o evento aqui é a Copa do Mundo, a frase está correta como foi apresentada. Sobre a frase O ano de 2014 será repleto de jogos internacionais., também não há nenhum erro.

ATENÇAO: pode-se escrever e dizer o ano de 2014 e o ano 2014, assim como no ano 2014 e no ano de 2014. Portanto a resposta correta é a opção "b".

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VÍRGULA

Analise as seguintes frases:

I - As viagens, a leitura, a reflexão, etc. devem fazer parte do nosso cotidiano.

II - A tempestade foi tamanha, que as árvores cederam.

III - Segundo dizem, há no mundo, centenas de milhares de espécies vivas de animais.

Com relação ao emprego ou omissão da vírgula, qual das opções abaixo está correta.

a) ( ) Das três frases acima, somente a primeira delas está errada;

b) ( ) As três frases acima estão corretas;

c) ( ) As três frases acima estão erradas;

d) ( ) Das três frases acima, a única correta é a primeira delas.

e) ( ) Das três frases acima, somente a segunda delas está errada.

RESPOSTA: Opção "d". Vejamos como devem ser escritas as duas últimas frases: "A tempestade foi tamanha que as árvores cederam" e "Segundo dizem, há no mundo centenas de milhares de espécies vivas de animais".

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VÍDEO-CASSETE ou VIDEOCASSETE?

Com relação à necessidade do emprego ou ausência do hífen, qual das opções apresenta todas as palavras escritas corretamente?

a) ( ) radioemissora, video-clipe;

b) ( ) rádio-amador, videocassete

c) ( ) videoconferência, rádio-cassete


RESPOSTA: Opção "c". As palavras acima são escritas assim: radioemissora, videoclipe, radioamador, videocassete, videoconferência e rádio-cassete.

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ILESO TEM SOM ABERTO OU FECHADO? QUAL A PRONÚNCIA DE SUBSÍDIO?

Analise as quatro opções abaixo e diga se o que está contido entre os parênteses corresponde à verdade, segundo a Academia Brasileira de Letras.

a) ( ) foro (tem o timbre fechado, como se pronunciasse fôro);

b) ( ) ileso (o timbre pode ser aberto ou fechado, como se pronunciasse iléso ou ilêso)

c) ( ) equidistante (a vogal u é pronunciada, como se existisse o trema)

d) ( ) subsídio (a pronúncia da consoante s equivale a si e não a z)

RESPOSTA: Todas as opções estão corretas. Evanildo Bechara, emitente gramático, membro da Academia Brasileira de Letras, opina no sentido de que o timbre de ileso é aberto, bem como em subsídio o si tem som de zi ou si. No entanto, a própria Academia Brasileira de Letras traz, em sua última edição, a palavra ileso com timbre aberto ou fechado, assim como afirma que o si em subsídio tem som apenas de si, e não de zi.

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CD'S ou CDs? PM's ou PMs?

Descubra a única opção que não contém nenhum erro de português, segundo a norma culta.

a) ( ) José ganhou dois CD's de prêmio.

b) ( ) José não gostou da prova de hoje porque tratou sobre a antiguidade.

c) ( ) José tardou a chegar.


RESPOSTA: Opção "c". O correto é Antiguidade (com a inicial maiúscula) e CDs (sem o apóstrofo).

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INCAPAZES DE AJUDAR ou INCAPAZES DE AJUDAREM?

Com relação à concordância, quais as duas alternativas não condizem com a normal culta?

a) ( ) As damas antigamente mandavam os cavalheiros correr aventuras.

b) ( ) Os falsos cavalheiros são incapazes de ajudarem as verdadeiras damas.

c) ( ) Ao saber que as damas corriam perigo, os cavalhairos logo se mobilizaram.

RESPOSTA: Opções "b" e "c". O correto é: "incapazes de ajudar" e "Ao saberem".

SOCIOEDUCATIVO ou SÓCIO-EDUCATIVO?

O correto é socioeducativo (sem hífen).
 
Na década de 90, sócio era considerado a redução de social, razão por que antes se escreviam sócio-econômico e sócio-educativo. Depois, tal adjetivo passou a ser usado como prefixo, o que justifica, agora, o uso de socioeconômico e socioeducativo.

De tal modo, infanto e pérfuro são tratados, agora, não como reduções, mas como prefixos (ou como pseudoprefixos, como têm sido mais comumente tratados), o que justificaria a ausência do hífen e da justaposição (junção de duas palavras sem a perda de uma única letra).

Ademais, vale lembrar que, se os ditos vocábulos agora são vistos pela ABL (e pelos dicionários) como prefixos (ou pseudoprefixos), os mesmos irão se submeter às novas regras gramaticais editadas pelo novo Acordo Ortográfico firmado entre os países de língua portuguesa, o que nos obriga a um bom conhecimento das regras em questão. Sobre o uso do hífen, o blog disponibiliza, nos ícones acima, todas as novas regras gramaticais em questão.
 
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PARA ÀS 18 HORAS ou PARA AS 18 HORAS?

Qual das opções apresenta erro com relação ao emprego (uso ou omissão) da crase?

a) ( ) João marcou a reunião para as 18 horas.

b) ( ) Irei até a nascente, se preciso for, porque os garimpeiros danificaram todo o rio, até à nascente.

c) ( ) Foi à Fortaleza resolver um problema.


RESPOSTA: Opção "c".

PORTA-RETRATOS OU PORTARRETRATOS?

O correto é porta-retratos (com hífen). Não confundir, por exemplo, com minirretratos (sem hífen e com o "r" duplicado).

Em porta-retratos, temos verbo + substantivo (porta, do verbo portar), o que justifica o emprego do hífen. O novo Acordo não modificou esta regra.

Em minirretratos, temos o prefixo mini + o substantivo retratos. Pelas novas regras, desaparece o hífen e duplica-se a consoante "r".

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PÔR-DO-SOL, PÔR DO SOL, POR-DO-SOL, POR DO SOL?

Das palavras a seguir, quais as duas únicas escritas corretamente, segundo novo acordo ortográfico?

a) ( ) pôr-do-sol

b) ( ) por-do-sol

c) ( ) pôr do sol

d) ( ) por do sol

e) ( ) ultrassecreto

Resposta: Letras "c" e "e". Deve-se escrever, portanto, "pôr do sol", sem hífen, mas com as palavras separadas e "ultrassecreto", sem hífen.

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NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Das proposições a seguir, quais assinalam erro com relação ao emprego do hífen?


a - super-revista

b - sub-obra

c - sob-roda

d - semioficial

e - semirrígido

f - parachoque

g - mototaxista

h - mal-recuperado

i - contraindicação

j - auto-escola

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RESPOSTA: Letras "b", "f" e "j"

ESCRITA CORRETA: subobra, para-choque e autoescola.

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quinta-feira, 3 de março de 2011

"TUDO QUE" OU "TUDO O QUE"?

TESTE 44 (VER RESPOSTA ABAIXO) - Vejamos as seguintes proposições:

I - Fabiana já leu todo o livro.
II - Fabiana lia todo livro que encontrava.
III - Esqueça tudo o que Fabiana falou sobre a leitura do livro.
IV - Esqueça tudo que Fabiana falou sobre a leitura do livro.

Com base nas proposições acima, levando em conta o uso dos pronomes indefinidos (todo e tudo), escolha as duas únicas alternativas corretas:

a) ( ) Somente as frases III e IV estão corretas.
b) ( ) As frases III e IV estão corretas.
c) ( ) Das quatro frases, somente uma está errada.
d) ( ) A frase I está errada.
e) ( ) As quatro frases estão corretas.


RESPOSTA: As formas "tudo que" e "tudo o que" são corretas, indiferentemente. Usa-se "todo o" no sentido de inteiro, completamente. "Todo", por sua vez, significa "cada", "qualquer".

Assim, as opções "b" e "e" são as duas únicas que estão corretas.

Quando eu quero afirmar, por exemplo, que li um livro inteiro, digo "Li todo o livro", ao passo que em "Eu lia todo livro que encontrasse", dou a ideia de que lia qualquer livro que aparecesse.

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As demais questões estão na coluna do lado direito do blog.

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